quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Site para tudo que é gosto

O site Oddee.com fez uma lista para lá de curiosa: os 10 sites de relacionamento mais bizarros daWEB.

Os narcisistas completos podem procurar sua cara metade quase como em uma imagem no espelho. O site Find you face mate, usa softwares de reconhecimento facial para procurar semelhanças físicas entre os usuários.

Já o site The Ugly Bug Ball, se propõe a encontrar o amor verdadeiro para os feios assumidos! Enquanto o Beautiful People, abordado no projeto P@r Perfeito, forma casais da mais fina estampa. Será?

Para quem curte um amor bandido, que tal se corresponder com presidiárias? O Women Behind Bars faz esse serviço para você! Já para os que curtem um baseado e procuram com quem dividir, pode encontrar no 420 dating. Ou se quiser pular a cerca, como também já abordamos no projeto, vários sites como o Second Love, te dá uma forcinha.

Curte velejar ou dar uma volta de cruzeiro? Então navegue pelo Sea Captain Date! Quem sabe você não encontra seu Popeye?

Se o seu problema é sua mãe, que não larga do seu pé e só reclama das suas namoradas, cuidado! Nunca deixe ela ver o Matchmaker Mom, que diz encontrar o par perfeito para os filhos da mamãe.

Os portadores de doenças sexualmente transmissíveis não tem mais com o que se preocupar. Por mais bizarro que seja, o site STD Match encontra um pretendente com a mesma doença que o usuário. Mas olha, não esquece do preservativo para não arrumar outra doença!

Mas se depois dessa lista você acha que já viu tudo, está muito enganado. O site Super Harmony, em uma clara piadinha com o e-Harmony, forma casais de Super Heróis! Não, leitor, você não leu errado. Batman e Mulher-gato não ficariam mais se engalfinhando pela rua, mas sim pela internet!

E aí, qual é o mais bizarro de todos?
Responde nossa enquete!

P@r Perfeito na Ciência Hoje

O site da revista de divulgação científica, Ciência Hoje, publicou
uma matéria muito legal sobre o projeto P@r Perfeito.

Que tal dar uma olhada?
O amor está online

terça-feira, 12 de julho de 2011

Diário de bordo: erros e acertos em viagem amorosa

Por Vinícius Cunha

Março chegava ao seu fim e precisava de um tema para essa saga dentro dos sites de paquera. A princípio não queria me aproveitar dos sentimentos de um outro alguém no outro lado da tela. Ser um infiltrado implicaria brincar com as expectativas de quem busca um namoro ou casamento nessas redes e o que justamente queria evitar era o sofrimento alheio. Decidi contornar a situação. Enquanto colegas de disciplina optavam por analisar a paquera entre idosos, gays, lésbicas ou até mesmo em redes de swing e ménage a trois, decidi apurar o surgimento e o histórico desses sites. Pronto, não envolveria emoções e estava livre da culpa moral.

De início tive certa dificuldade na pesquisa porque vim de família conservadora não via com bons olhos a substituição do face a face pelo namoro virtual. Pensar na existência de um namoro sem contato era algo inconcebível até pouco tempo. Pais, avôs, tios e até primos mais velhos nunca tiveram essa experiência e nem a eles poderia recorrer. Era um campo a ser desbravado e que por ser novo me dava certo medo.

Pior que a culpa moral, não vi que cometia um erro pueril dos iniciantes em jornalismo. Não tinha desafios em potencial e fui só pesquisando dados e mais dados. Eram teses, artigos, reportagens e eu pecava no primordial. Não tinha personagens, logo faltaria o essencial a uma matéria sobre relacionamentos: a emoção. Isso era um tiro no pé e a todo custo teria de reverter o quadro. 

O receio inicial de um estudo mais aprofundado na web passou a ser aceitável e admirado, a partir do momento que vi que casais de círculos de amizades próximos a mim foram formados por sites de paquera. Ao perceber que eles formavam pares pelo sites, duradouros ou casuais, a pureza do sentimento falou mais alto e entrei de cabeça na pesquisa querendo saber tudo daqueles que se propuseram a falar comigo.

Do Par Perfeito ao eHarmony, conhecidas redes de relacionamento, percebi que plataformas sociais como Facebook, Orkut e até mesmo o Formspring também desempenhavam papel de cupido e para meu desespero, que só virá adiante, justamente por ter me interessado pelo amor nas redes sociais. Conheci Camila Fracalossi e João Lameira, os dois de 21 anos. O casal, que se conheceu pelo Formspring, passou a ser meu alvo de estudo e por meio de uma amiga em comum estabeleci contato diário para saber mais detalhes do relacionamento. Mal sabia que cometia novo erro. Desviando minha atenção para plataformas sociais, fadava ao fracasso minha reportagem e só viria a descobrir isso quase no fim da jornada. Agora eu penso: "Ainda bem que deu para reverter a tempo".


Camila  e João foram solícitos e em troca de e-mails comigo. Ela contou como tudo começou:

"Eu e João nos conhecemos por volta de Janeiro de 2010, através do Formspring. Eu estava lendo a página de um amigo nosso em comum e uma das perguntas feitas por ele me chamou a atenção. Acabei por fuçar sua página, apertar o botãozinho de follow e, como de costume naquelas férias entediantes (no aguardo do resultado do vestibular), fui fazer as costumeiras perguntas do dia àqueles que eu seguia. Tal foi minha surpresa quando ele veio conversar comigo via inbox e, então, começamos a trocar experiências e a nos conhecermos. Até que ele pedisse meu MSN e eu acabasse dando meu telefone também".

É normal que relacionamentos que tem seu início na internet sejam mais cautelosos que os demais. Mas hoje Camila e João namoram há mais de um ano sem qualquer aparência que irão terminar o romance. Conversei com o casal em outras oportunidades e sempre demonstravam carinho um pelo outro. Em chat realizado que reuniu nós três, João declarou quando teve certeza que gostava dela: "Ela me respondeu no Formspring. Não poderia perder a oportunidade e corri atrás. Era o amor da minha vida, ali na tela do computador".

Com as aspas do casal tinha a matéria praticamente finalizada. Faltava alguém do meio acadêmico para falar sobre o fenômeno. Aproveitei que Cristina Rego Monteiro foi minha professora e especializada na área. Perfeito para a reportagem e sem maiores problemas tinha concluído o trabalho.

Passada a primeira revisão com algumas mudanças no começo de junho e com a matéria  já sendo diagramada tive o problema inesperado que quase comprometeu meu trabalho. A minha preocupação em não iludir possíveis parceiros virtuais encontrou fim. Em conversa com Cristiane Costa, professora e orientadora do projeto, vi que a apuração deveria ser feita de modo a me infiltrar. Primeiro porque, embora bem feita, a matéria dava conta de sites de relacionamento e não de paquera, e como pesquisador sair da zona de conforto era um desafio necessário. Era só manter uma postura séria, sem levar as conversas tanto para o lado emocional que não causaria estragos.

O prazo para entrega era curto, pouco mais de uma semana, e tinha de correr atrás do prejuízo. O primeiro site que me infiltrei foi o Par Perfeito. Depois de  algumas investidas com perfil próprio conheci um casal: Marcos Alexander e Ana Cristina Vieira. Eu tinha, enfim, um par que tinha se conhecido num site de paquera e não em um rede de relacionamentos. Respirei aliviado e com metade do dever cumprido. "Depois do primeiro filtro do site, Ana apareceu na página principal e senti algo especial. Era ela”, afirmou ele por meio de mensagens que trocamos por e-mail.  Ainda tentei um encontro com os dois, já que moravam no Rio, mas foi em vão já que alegaram ter "uma vida muito agitada para conversarem sobre vida pessoal ". Como já tinha material necessário deles fui em busca de mais personagens.


O acaso tinha de estar presente no trabalho, sempre ele. No primeiro semestre de 2009 cursei História na Unirio e conheci Louise Rodrigues, 21 anos. Nascia uma bela amizade em apenas seis meses, mas que foi vítima da distância. A Escola de Comunicação passou a ser minha casa, enquanto que ela foi para Relações Internacionais na Ibmec. Continuamos a nos falar pela internet e chegou a me contar que havia começado a namorar com Daniel, rapaz de São Paulo, e que  na época não fez tanta diferença saber como tudo começou.

Em um dos meus intervalos de pesquisa no eHarmony resolvi chamá-la para um bate-papo. Para minha enorme surpresa ela tinha conhecido Daniel pelo site cristão. "Assim que o eHarmony foi lançado no Brasil me cadastrei e conheci o Daniel. Foram muitas conversas virtuais, mas não me arrependo. Sou mais feliz com ele", declara minha amiga. Era tudo que eu precisava e vi que sorte é requisito necessário aos jornalista além de competência.

A confiança nos sites de paquera é algo que os casais que entrei em contato ressaltaram. Todos eles expressaram a certeza que em algum momento, por mais que pudesse demorar, iriam encontrar a pessoa que tanto esperavam. "Podem falar o que quiserem, como amante da informática tinha certeza que encontraria meu per perfeito aqui", diz a programadora Ana.

Enfim e no prazo determinado tinha uma matéria convincente para apresentar. Em suma, a experiência foi muito interessante. Com meus 22 anos e sem um compromisso sério não via nesse universo uma oportunidade,  mas como esse estudo passei a encarar com novos olhos os sites de paquera. Quebrei tabus, mesmo que forçado, para ser um infiltrado e senti que para ser um jornalista não posso me acomodar na zona de conforto. 

Saber caminhar sem pré-julgamentos e sem medo de conhecer novos padrões é o primeiro passo de um aspirante ao jornalismo e após esta experiência e de todas as apurações, aventuras, timidez e superação vejo que valeu a pena e que apenas vivendo o jornalismo se aprende verdadeiramente o ofício. 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Agora eles também podem

Um site de paquera para gordinhos promete virar febre na internet


Por Fernanda Pinheiro          

Um trocadilho bem bolado e a união de pessoas com interesses bem parecidos. Kaakau, um site de relacionamentos para gordinhos que ainda é novidade na internet, veio com o intuito de oferecer um universo livre de rótulos e preconceitos para esse público diferenciado e que não se encaixa em diversos sites já existentes. E em setembro de 2010 já eram mais de cinco mil cadastrados.
            Quando se ouve falar do site, o nome já entrega. Homens e mulheres acima de 18 anos e um pouquinho (ou muito!) acima do peso estão reunidos a procura de novos amigos e quem sabe até, um grande amor. Mostrando que são muito bem resolvidos e satisfeitos consigo mesmo, destacam suas maiores qualidades e buscam parceiros pelos gostos parecidos (ao se cadastrar, são muitas as opções a serem preenchidas, facilitando a procura e restringindo o alvo). Apesar disso, uma das coisas mais interessantes é que também existem perfis de pessoas em boa forma. Quando perguntados sobre o que faziam ali, a resposta era sempre a mesma: “Aqui as pessoas são mais sinceras”. É, parece que o Kaakau não pretende ser conhecido só pelo seu público alvo.
            O que mais chama a atenção são os perfis. A melhor foto, tudo milimetricamente calculado para passar a primeira impressão da melhor forma possível. Conversando com uma usuária que se identifica como Bia, percebe-se claramente que esse site a deixa muito mais confortável: “Aqui a gente não precisa contar para o outro que está acima do peso ou então mentir que somos magros como a sociedade estipulou que é bonito, somos nós mesmos e felizes assim.”. Após mais um tempo de conversa, questionei sobre o que me parece ser a dúvida mais comum. Será que criar esse nicho não seria uma forma de aceitar o preconceito e ratificá-lo? Bia afirma que talvez seja sim, mas assim como existem tantos outros tipos de sites para diferentes características, separar gordinhos de saradões não parece ser uma restrição e sim uma maneira divertida de encarar a realidade e entrar na onda. Afinal, como ela mesmo diz depois, “a realidade é que a união realmente é vista como algo diferente. Você ver um casal gordo ou magro é sempre mais aceitável socialmente do que ver um gordo com uma magra ou vice-versa”. 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Amor segundo Jesus Cristo



Como funciona o AmorEmCristo.com, o maior site de paquera evangélico do país
Por Rafael Soares

“O primeiro passo é orar, o segundo é procurar”. A frase, em letras cursivas, grandes e vermelhas poderia estar dentro da Bíblia, mas, na realidade, ela funciona como um letreiro, daqueles comuns em outdoors publicitários nas grandes cidades, na parte superior do site AmorEmCristo.com. O endereço, visitado por milhares de pessoas diariamente, é o maior de relacionamento voltado para evangélicos do Brasil. Ele faz parte de uma rede mundial de sites que, de acordo com a própria descrição do grupo que mantém o endereço, tem como objetivo “facilitar o encontro entre pessoas cristãs ao redor do mundo que desejam conversar, fazer novas amizades, namorar, trocar experiências espirituais, estudar a Bíblia e se relacionar com outros cristãos”. No entanto, a frase de abertura já dá a pista do que o público evangélico espera ao cadastrar seu perfil no site. O que eles querem é arranjar um bom partido para levar para o altar.

“Tudo começou quando ele me mandou uma mensagem, perguntando se eu era a benção que ele tinha pedido a Deus”, conta Clara Martha, de 25 anos sobre quando conheceu Miguel Dias, 28 anos. No momento, eles estão juntos há dois meses – e ela já pensa em casório. Mas no início, nem tudo foram flores. Quem tomou a iniciativa foi ele, que já estava há mais tempo no site e queria encontrar uma namorada e por isso, mandava mensagens para todos os perfis que achava interessantes. O dela apareceu no meio. “Tinha acabado de me inscrever e a mensagem dele foi a primeira que recebi. Achei fofo. Talvez se estivesse há mais tempo no site, nem tivesse ligado”, lembra Clara. Depois da mensagem, eles começaram a trocar e-mails, eles acabaram descobrindo que têm amigos em comum, um foi no culto da igreja do outro e, em dois meses, começaram a namorar. “Meu perfil continua no site e sempre recebo mensagens com o mesmo papo furado de ‘Você é a benção que pedi a Deus’ ou ‘Vamos adorara a deus juntos’. Tudo papo furado”, completa. E assim acontece o “xaveco” evangélico.   

Mas antes da “mágica” da paquera acontecer, há um longo percurso a ser percorrido pelos postulantes a apaixonados. O primeiro passo desse caminho é a inscrição no site. E nesse ponto, uma ferramenta disponível no portal, é fundamental. Os “testemunhos” estão disponíveis a qualquer um que acessar a primeira página e têm a missão de angariar mais membros para a rede social. Na realidade, são depoimentos de autoridade daqueles que foram bem sucedidos na missão, ou seja, conseguiram levar seu par ao altar. Nas fotos, véus, grinaldas, fraques e sorrisos. Nos discursos, o mesmo lugar comum, que só muda de forma: “Agradeço a Deus por me colocá-la em meu caminho e também agradeço ao site AmorEmCristo.com, que foi o intermediário usado por Ele”, conta Antonio, que se casou com Cleide dois anos após conhecê-la no site; ou “Espero que aqueles que estejam lendo este depoimento acreditem que é real. Agradeço a Deus e aos idealizadores do AmorEmCristo.com por proporcionarem a mim e ao meu esposo a oportunidade de nos conhecermos”, afirma Edna. Exemplos a serem seguidos. 

No entanto, para chegar aonde eles chegaram ainda há muito que se fazer, afinal, até para religiosos, vale a velha máxima do mundo animal: antes de acasalar, é preciso seduzir o pretendente. E, nas redes sociais, um passo fundamental da sedução é a construção do perfil. Mas como se dá a sedução entre evangélicos? Uma rápida passada de olho por fotos e perfis já provoca certo espanto nos mais desatualizados. Isso porque, ao invés do velho estereótipo de evangélico já construído no imaginário da maioria das pessoas – meninas de saias longas e camisas fechadas até a gola; meninos de roupas sociais –, o que pode ser visto não é muito diferente de outras redes sociais: uma série de meninas de saias curtas fazendo biquinho e meninos despenteados. Mas afinal, o que aconteceu com os evangélicos?  Na internet, eles são diferentes?

Nesse ponto, convém uma pequena explicação. Os evangélicos são um grupo, ao mesmo tempo, homogêneo e bastante diversificado. Para ilustrar, basta um exemplo: enquanto correntes pentecostais, como a Assembléia de Deus, são mais rígidas e tradicionais, não permitindo, algumas vezes, o uso de saias curtas pelas meninas e cabelos compridos pelos meninos, as correntes neopentecostais, como a Universal ou a Bola de Neve, são mais liberais, permitindo até, em certos casos, o uso de tatuagens e de brincos pelos meninos. Por isso, para abarcar toda essa diversidade, o portal acaba aceitando perfis que fogem ao estereótipo do evangélico fervoroso, e que constituem, aliás, a grande maioria dos inscritos. Contudo, as surpresas acabam aí. 

Apesar de permitir certas “extravagâncias”, a construção de perfis segue um padrão bem definido e também tem certo controle pela administração do AmorEmCristo.com. Logicamente, fotografias de biquíni e sunga são proibidas, assim como fotos borradas ou com qualquer aparato que impossibilite a visão do rosto da pessoa, como óculos ou máscaras de mergulho. Todas as fotos e textos postados são sujeitas à aprovação prévia da administração do site. Se não forem aceitos, o usuário recebe um e-mail explicando as razões da recusa. Sem falar em um detalhe muito importante: no AmorEmCristo.com, homens só podem procurar mulheres, e mulheres só podem buscar homens – ou seja, o site não proporciona ao usuário a possibilidade de ter relacionamentos homo afetivos ou até mesmo amizade com pessoas do mesmo sexo.

Quanto à construção dos perfis, existem padrões que se repetem com a maioria das pessoas. Há gente de todas as idades, mas o grupo mais jovem, de até 30 anos, predomina. Tanto homens quanto mulheres seguem um modelo bem determinado. Excetuando raras exceções, ir à igreja com a freqüência mínima de uma semana é lei, sem falar nos tópicos “bebida” e “cigarro”, sempre respondidos com um categórico “nem socialmente”. As descrições são, em sua maioria, citações da Bíblia, sucessos da música gospel ou até mesmo algumas poucas linhas que ressaltem a religiosidade da pessoa perfilada. Um exemplo, que poderia servir de modelo, é o perfil de Carolzinha, jovem “bonita, charmosa e interessante”, de 23 anos: “Sou evangélica desde que nasci, sou uma ministra de louvor e gosto muito de cooperar na obra de Deus no que eu puder. Não acredito no acaso, acredito na vontade e permissão de Deus”. No caso dos homens, um perfil bastante ilustrativo é de Marcos Paulo, de 25 anos: “É difícil me definir com palavras. Sou um servo do senhor, dedicado, leal e, acima de tudo, honesto. Só Deus pode me julgar”.

E os príncipes e princesas encantadas do mundo virtual evangélico? Qual é o tipo que predomina no imaginário dos usuários? Isso também é bem simples de ser definido, afinal há um tópico onde eles próprios definem a pessoa que estão buscando. Um ponto quase unânime é a vontade de “constituir uma família”. Tanto homens quanto mulheres, inclusive os mais jovens, de 18 a 20 anos, acreditam na eternidade do casamento e planejam encontrar a pessoa com a qual vão viver pelo resto da vida. Sem falar, é claro, que o “alvo perfeito” precisa ser também ser fiel a Deus. Entretanto, os adjetivos usados para qualificar as almas gêmeas variam de homens para mulheres. Enquanto os rapazes buscam mulheres leais, parceiras e em quem possam confiar, as meninas querem alguém romântico, companheiro e atencioso.

A missão é difícil, mas há milhares de perfis de todos os tipos no site. No AmorEmCristo.com, o amor é acessível a todos. Basta um clique. E Amém.

sábado, 2 de julho de 2011

Amor sem mistério

Aplicativos no Facebook invadem sites de paquera e revolucionam modelo de encontros na internet
Por Michelly Rosa



O mundo da paquera na internet pode dizer adeus a nomes falsos, apelidos e perfis misteriosos. Na era das redes sociais, aplicativos de encontro infiltram-se no Facebook e provocam mudanças não só na estrutura desse tipo de ferramenta, como no público alvo. Este novo modelo representa a grande confiabilidade que usuários do Facebook depositam na rede, permitindo que esta prática tradicionalmente escondida, com nomes falsos e características duvidosas, torne-se público e seja compartilhado em tempo real. Alguns deles como Zoosk, Social Connect, HeartBrooker, oferecem aos paqueradores confessos contato direto com os possíveis pares.
Todos os serviços são pagos. O cadastro gratuito é apenas o pontapé inicial para os contatos que podem ser cobrados em forma de parcela mensal ou “créditos”. O Zoosk oferece o preço padrão de sites de relacionamento, com valores de R$ 24,99 a R$ 49,99 por mês. O HeartBrooker utiliza um método diferente de cobrança, onde o compra “Corações” de crédito. Quinhentos “Corações” custam em torno, de oito reais.
Outro aspecto importante é a quebra dos paradigmas que rondam sites de namoro pela internet. Usuários do Facebook são pessoas descoladas, com muitos amigos, e que também fazem parte das redes de paquera. Explicação para isso? Foi o que procuramos. E o resultado é bem interessante: os paqueradores estão assumindo que querem ou precisam de um amor. Publicamente. Sem nenhum pudor.
Na pele de um pseudônimo, entrei nesse mundo para descobrir quem são como são e porque essas pessoas assumiram a procura por um novo amor na internet. Durante mais de um mês acompanhei estórias, paixões e até pedidos inusitados. Ferramentas de encontro no Facebook são apenas adaptações dos sites de paquera e por esse motivo apresentam características bastante semelhantes.
Os serviços são pagos e, por isso, a maior parte do contato é feita via Facebook ou Messenger. O Heartbroker e o Social Conect são aplicativos basicamente estrangeiros, poucos brasileiros utilizam, mas oferecem as melhores ferramentas e maior diversidade de contatos. O Zoosk é quase totalmente utilizado por brasileiros e já é um sucesso.
Foi através do Social Conect que conhecemos Kalathur Sudarshan, um indiano de 26 anos, cientista de computação, nerd, totalmente vidrado em sites de paquera na internet. Kalathur vive praticamente num mundo virtual. Dorme duas horas por dia e paquera no horário de expediente. Das 23h30min, horário de Brasília, às 08h30min no horário de Dubai, breves conversas foram aos poucos formando a estória do indiano.
Os diálogos entre o personagem escolhido e Kalathur duravam no máximo meia hora, devido à dificuldade com o fuso horário. Foram três semanas de papo pelo talk do Facebook. Com pouco tempo de conversa, o indiano já se comportava como um namorado, o tratamento para personagem passou de ”Hi” para “my dear”. Até que enfim, Kalathur fez uma proposta inusitada: fazer amor pela internet.
A primeira reação soou na pergunta: “What?”. O indiano explicou com detalhes o processo e dizia sempre: “é só fechar os olhos e me imaginar perto de você”. Perguntado se costumava fazer esse tipo de prática pela internet, ele respondeu: “é claro!”. Vale lembrar, que Kalathur estava sempre no trabalho enquanto mantinha as conversas pelo Facebook.
Luis Phelipe, um carioca de 32 anos, chamou a atenção pela sinceridade. O contato foi realizado pelo Zoosk e ao contrário do personagem estrangeiro, não se desenvolveu um relacionamento. O que não atrapalhou em nada absorção de estórias interessantíssimas.
Luis é deficiente físico. Fez questão de salientar o fato na primeira linha de conversa. Morador da Ilha do Governador, Luis vive ao lado do aeroporto e sonha viajar para Miami. A naturalidade diante da situação física de Luís, fez com que ele criasse uma espécie de euforia em relação à nossa personagem. Queria marcar encontro já na primeira conversa.
Irritado por que por algum motivo não conseguia visualizar a foto, Luis contou sobre a deficiência, planos para o futuro, experiência no amor. Tornou-se cadeirante no ano de 1995 quando sofreu um acidente de carro na Avenida Brasil e perdeu os movimentos dos membros inferiores. Desde então luta por uma vida normal e já pensa em viajar para Miami no próximo ano, com dinheiro do trabalho como vendedor de bijuterias.
Luis é um homem alegre, que acredita em signos e se mostra absurdamente sensível. “O que significa amor para você?” perguntou. Em outra conversa ele revela: “queria ser único para você, você me entende?”. Contraditoriamente, essa característica de Luis traz consigo um leque de decepções amorosas.
Não passado muito tempo de conversa, ele volta a afirmar: “vou ver no shopping o dia do barzinho com música pra gente se encontrar”.
As histórias de Kalathur e Luís pouco se diferenciam dos sites de paquera tradicionais, mas a forma, a proximidade do real é muito mais latente. Uma conversa pelo Facebook tem menos chance de ser irreal. Conhecer alguém através de um ferramenta que já disponibiliza o nome completo, a profissão, a empresa, os interesses da pessoa desejada é ainda mais perfeitamente adaptado ao mundo pós moderno e sua necessidade de certeza. É o mesmo conteúdo, numa forma muito mais confortável, atraente e segura.

Diário de um duplo bordo: a pesquisa e a experiência

Por Michelly Rosa

Minha maré vem dando para site de namoro. Enquanto realizava a pesquisa para nosso Jornal, fui contratada como estagiária num site de relacionamentos. Duas experiências no mínimo curiosas.
Com a matéria já pronta, posso agora contar sobre as experiências inusitadas que encontrei durante minha pesquisa. Incumbida da tarefa de analisar sites de relacionamento em redes sociais, encontrei no Facebook, diversos aplicativos que trazem ao mundo dos sites de relacionamento uma certa realidade. Convenhamos, o Facebook mostra nossos momentos, nosso nome completo, onde trabalhamos e quem são nossos amigos, é muito mais seguro.
Criei então Helena Gomes Stuart, uma publicitária de 42 anos, bem sucedida, bonita e descolada. Não deu certo. Helena não tinha foto, e sem foto, meu amigo, ninguém namora pela internet hoje em dia.  As pessoas estão mais cautelosas. E é essa a pegada do Facebook!
Quando nos cadastramos em um site de relacionamento, não temos um nome, e sim um apelido, não temos amigos, temos contatos lá criados, a interação é muito mais linear. Isso torna muito mais fácil a criação de um fake.
Devo dizer, por experiência própria, que criar um fake no Facebook não é tão mole assim. As pessoas desconfiam se você tem menos de 50 amigos, não tem fotos de viagens e eventos, por exemplo, e principalmente, se você não posta no mural.
Decidi então, me tornar Helena. Coloquei algumas fotos do meu próprio perfil no Facebook, avisei a alguns amigos sobre a pesquisa, principalmente ao namorado e fui com cara e coragem em busca de bofes na internet.
Encontrei diversos. Um garçom de Niterói que queria me levar na Mariozin, um garotão de meia idade querendo uma namorada novinha pra tirar onda, um americano procurando uma brasileira pra provar do caldo, um indiano querendo sexo pela internet e um carioca, deficiente físico, em busca do amor eterno.
Os dois últimos foram escolhidos como personagens em minha pesquisa. Primeiramente, porque eu senti uma simpatia especial por eles, e depois porque deram pano para a manga. Os outros eram muito comuns, aquela coisa que todo mundo já conhece. Agora, os dois últimos, mostram o que há de diferente no Facebook, eles tinham mais confiança em mim, por me verem ali, por saberem minha profissão, por serem adicionados como amigos.
O indiano, cujo nome não me lembro agora, criou uma espécie de relação com Helena, mas SEMPE, SEMPRE, com fins sexuais. Era impressionante, como o coitado estava na seca. Ele veio chegando de mansinho, falando da vida e tal. E quando eu menos esperava, pimba! Ele propõe sexo pela internet! A Helena, como toda boa moça, hesitou e não aceitou o pedido, mas eu vibrei de emoção! Era tudo o que eu precisava para uma matéria divertida!
Já Luiz Phellipe, carioca, vendedor de bijuterias, me surpreendeu pela sinceridade. Já chegou avisando: “sou moreno, deficiente fisico, vendedor de bijuterias, gosto de curtir a vida”.
Eu pensei logo, são dois opostos, um quer sexo, o outro quer amor, um faz sexo pela internet enquanto trabalha e o outro trabalha para um dia conhecer Miami. Lindo.
Luiz, já queria marcar encontro na primeira conversa. Coisas de Facebook. Credibilidade é o que há, né.
A conclusão desta pesquisa, pelo menos de acordo com o meu ponto de vista, é que as pessoas estão sem tempo até para aquele suspense de bate papo na internet. O Facebook já é meio caminho andando. E com o nome completo de alguém, hoje, o Google resolve o resto.
Além disso, o uso do Facebook como meio de paquera mostra a tendência de mostrar o que antes era escondido. Paquerar na internet, não é mais vergonha para ninguém. Procurar um amor no Facebook possibilita que você compartilhe isso com todos seus amigos, inclusive do trabalho. São paqueradores assumidos.
Você pode estar sozinho na frente do computador que uma rede social resolver seu problema. Para quem quer um amor, que tal clicar na aba ao lado e escolher?

domingo, 26 de junho de 2011

Rigorosa Espera

Por Isabella Catão


Site WeWaited promove encontro entre virgens com alta segurança para seus usuários

100 % virgem ou inferior a 100%, mas sem ter relações sexuais?  Essa é uma das perguntas a serem respondidas para tentar entrar no site de relacionamentos destinado para quem nunca teve uma relação sexual. O wewaited.com (em português “nós esperamos”) promove encontros de virgens solteiros. O intuito do site não é apenas formar casais, mas também criar laços de amizades verdadeiras.
O site foi criado por Lety e Jose Colin que se casaram virgens em 1993, com 28 e 34 anos, respectivamente. Para o casal a virgindade foi uma bênção que fez a apreciação um pelo outro só aumentar. Vivendo um casamento de sucesso, eles acreditam que tiveram sorte de encontrar uma pessoa especial que compreendesse e valorizasse a virgindade.
O site foi um meio encontrado por eles de oferecer um local onde as pessoas se sentissem a vontade para discutir sobre o tema com segurança e liberdade sem sentir vergonha. Para garantir a segurança, o wewaited.com site verifica todos os dados fornecidos pelos usuários no cadastro do perfil. Somente fotos em que o rosto seja facilmente reconhecido são aceitas.  Avatares que podem ser feitos gratuitamente em alguns sites não validam o perfil. Após o preenchimento do nome, endereço, telefone e intervalo de idade de pessoas que deseja conhecer, é dado um prazo de 72 horas para verificação das informações.
Aparentemente fácil, as dificuldades surgem com a notificação da administração. É comum implicarem com algum dado dizendo que é incorreto, incompleto ou não é verdadeiro. Mesmo corrigindo algum possível erro, se ainda surgirem dúvidas quanto à veracidade das informações, é pedido que o usuário envie uma cópia da carteira de motorista ou outro documento de identificação que tenha foto e endereço para o e-mail new@wewaited.com. 
Ao se cadastrar o usuário é “standard” e não tem permissão para ver perfil de outras pessoas e muito menos fotos. Se ao final todos seus dados estiverem corretos é preciso pagar uma taxa para se tornar membro superior. O membro superior tem acesso a todo conteúdo do site e pode ver todos os perfis existentes. Sempre que o perfil do usuário é visualizado uma notificação é enviada para o e-mail.
O pagamento de taxa se tornou necessário para ser mais uma barreira contra falsos perfis ou pessoas que tirem a seriedade do site de relacionamentos. Nas tentativas anteriores os sites Youandmearepure.com e virgin2virgin.com não possuíam esses mecanismos de segurança e o propósito acabou desvirtuado. Assim, quem quiser brincadeira provavelmente não estará disposto a pagar por ela. As taxas vão de US$ 5 por mês para Silver Membership e de US$ 29,95 por ano para Platinum Membership.
No site ainda há uma loja onde são vendidos livros como The Power of Abstinence e Why Wait? 24 Reasons for Abstinence, camisas escritas got purity, chaveiros, bonés e até jóias escritas W8ing, todos valorizando a pureza.
Para quem pretende entrar nesse universo é preciso muito calma e honestidade, caso contrário será uma perda de tempo.

 O que é inferior a 100% virgem?

Para o We Waited o fundamental é ter a inocência sexual. Sendo assim, mesmo quem se declara virgem e não possui o que eles denominam “inocência” não são aceitos pelo site. A intenção é promover encontros de pessoas com o mesmo pensamento e em hipótese alguma incentivar a venda da virgindade.
Ao fazer o cadastro no site de relacionamentos, o usuário afirma nunca ter participado direta ou indiretamente de uma atividade sexual ou declara ter participado de algum tipo de experiência íntima com outra pessoa e mesmo assim ainda tem uma inocência sexual. Neste último caso o usuário é considerado inferior a 100% virgem. A inocência existe se a pessoa que participa de alguma relação íntima não culmina em relação sexual com penetração, penetração anal, sexo oral ou masturbação que atinja o orgasmo.
Um tipo diferente de inocência é nos casos de vítimas de abuso sexual. Nesses casos cada situação é analisada individualmente e o usuário pode ser aceito ou não. 
Uma alternativa para quem não consegue passar pelo crivo do We Waited ou não se encaixa em todas as exigências o weabstain.com é uma saída. Nele a abstinência antes do casamento é o aspecto central e são aceitos virgens e não virgens.


quinta-feira, 23 de junho de 2011

"Sites de paquera nadam contra maré da rede"

Por Vinícius Cunha

Buscar seu par via internet não parece das melhores resoluções para a pesquisadora Cristina Rego Monteiro, doutora em Cultura Contemporânea pela UFRJ. Para ela o filtro é um ponto positivo, mas a escolha virtual apenas retarda o contato, em relação ao que as pessoas buscam. Nesta entrevista a especialista questiona a eficácia dos sites de paquera e ressalta o poder das mulheres nas relações nascidas no meio virtual, que são um dos mais novos fenômenos mundiais.

Jornal Laboratório: Quais os pontos positivos que os sites de paquera trouxeram?

Cristina Rego Monteiro: Pessoalmente, há uma perda no processo de construção de percepção do outro quando a ambiência do primeiro contato se dá desfalcada da troca sensorial porque a leitura do outro é fundamentalmente subjetiva. Se por um lado o filtro é facilitado pela rede, porque amplia a exposição para o número de contatos, a recuperação vai ter de acontecer quando chegar o momento do encontro.

JL: A popularização dos encontros virtuais pode modificar o modo usual das relações humanas?

CRM: Não gosto de nada que mude o processo natural que é determinado pelo psíquico individual e transforma nossa capacidade e conexão em mecanismo agregado de programa digital. As pessoas por natureza se deixam levar pelas relações e consequentemente fazemos projeções do que criamos e queremos do outro.

JL: As falsas identidades podem levar ao falso amor?

CRM: Não imagino uma maneira de garantir que a pessoa, por ventura, não seja levada por uma falsa identidade. O encanto por outra pessoa apresenta uma construção que faço dela. É como se estivesse descobrindo um antídoto de mim mesmo. Me custa crer que uma pessoa que já tem um nível de consciência equilibrado aceite o risco de interagir com tantas possibilidades em aberto sem o suporte da percepção direta.

JL: Como vê a participação feminina nos sites de paquera e afins?

CRM: Pela representatividade, a participação feminina nas redes é uma conseqüência natural das conquistas anteriores. A mulher é multi-funcional. Ela cuida de si, da casa e da profissão. Como não cuidaria da seleção neste novo cenário que a Internet proporcionou?

JL: O fenômeno poderá ser tratado como hegemônico?

CRM: Sem negar o fato, considero um fato natural do uso consciente da Internet, mas espero que se afaste das atividades que substituam a troca presencial. O teclado, o mouse e a tela estenderam ao invés de comprimir as preliminares de um relacionamento, indo contra a maré da rede.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Qual o tipo de carinha que te atrai?

Débora Ribeiro

Esse teste não foge muito a alguns já bem conhecidos, principalmente nas revistas para adolescentes. Mas é bem legal. O tempo todo são feitas comparações entre dois homens em poses sensuais e perguntas para que você escolha um dos dois, como um verdadeiro joguinho.



Até aí tudo parecia muito normal. Se eu não estivesse fazendo um teste do OkCupid, poderia até acreditar... Mas eis que surge a seguinte brincadeira:


Essa quebra de expectativa realmente funciona. Lembro que nesse dia morri de rir em frente ao computador da biblioteca!
E, no resultado, até gráficos explicativos!

Qual o defeito da sua personalidade?

Débora Ribeiro

Que ninguém é perfeito tudo bem, todo mundo já sabe. Mas daí a descobrir qual o defeito da sua personalidade, já é bem diferente. No meu caso, descobri que sou hippie no “The Personality Defect Test” do OkCupid. (Até parece que sou tão “Paz e Amor”, mas tudo bem.) O teste procura oferecer aos usuários uma análise de sua personalidade, mas de uma forma bem diferente, cheia de insultos e grosserias. Entre perguntas sérias, que parecem construir seu perfil e várias agressões, você se diverte bastante.
Logo no início o autor do teste conversa com o usuário, como um verdadeiro assassino fazendo ameaças. E depois se desculpa, numa interlocução muito esquisita. Fica explícito que o teste serve mais como uma brincadeira, porque em vários momentos foge muito ao real.






O interessante é que no final dos testes, além do seu resultado, é possível saber que outros resultados são possíveis.


domingo, 19 de junho de 2011

Segundo especialistas hormônios podem explicar sintomas da paixão

 Os típicos sintomas da paixão, como sudorese, frio na barriga e brilho nos olhos, tem uma base hormonal. A pesquisa coordenada pelo endocrinologista Alfredo Halpern e pelo  psicólogo Ailton Amélio da Silva, diz que "a paixão é uma união química, que só ocorre quando se trata de uma via de mão dupla, ou seja, há reciprocidade."

Segundo os pesquisadores, os lugares mais comuns para se conhecer o seu par são os que você frequenta rotineiramente, como o trabalho, a escola, a academia. Desse modo, é mais fácil desenvolver um relacionamento, ainda mais se uma amizade já tiver sido cultivada.

 Mas isso não significa que os amores surgidos de modo diferente não podem dar certo, como por exemplo na internet. "A internet pode ser uma forma eficiente de aproximação, principalmente para os mais tímidos, mas é preciso saber escrever a palavra certa para o alvo certo. Muitas vezes, a paixão do mundo virtual desaparece após um clique, já que a realidade é bem diferente e, ao vivo, as máscaras caem e cada um se mostra como realmente é."

Retirado do G1

sábado, 18 de junho de 2011

Amor Virtual

Entenda o que leva homens e mulheres a buscarem relacionamentos pela internet 

Por Julia Nassur

    Falta de tempo, facilidade de contato, anonimato, conforto, dificuldade de encontrar alguém que queira um relacionamento sério na noite, falta de oportunidade de conhecer gente fora da rede de amigos. Esses são os principais motivos para buscar um namoro em sites de relacionamento.
    A partir de depoimentos de participantes do site de namoro ParPerfeito, como Renato, é possível perceber como essas razões são fundamentais para entrada nesses sites. “Afinal, como nos casos de pessoas mais maduras (como eu rsrs) que o tempo corre mais depressa, o site vale ouro.”
   Atualmente muitas pessoas não têm tempo de sair para casas noturnas ou bares todos os dias, e, mesmo quando têm, estão cansadas depois de um dia todo de trabalho. Então, se relacionar com alguém pela internet fica muito mais fácil e conveniente: você não precisa se arrumar e é só sentar no computador, na sua própria casa, para “ter um encontro”.
   A internet potencializa os contatos românticos, porque você pode dar os primeiros passos sem sair de casa. Foi assim com Patrícia, que conheceu Marcelo através do ParPerfeito, mesmo morando na cidade de Saquarema enquanto ele morava no Rio de Janeiro. “A facilidade de encontrar alguém na internet foi fundamental para mim, já que eu e ele estávamos a quilômetros de distância e o início do nosso relacionamento só foi possível graças ao site.”
   Também fica mais fácil encontrar um parceiro já que, se a pessoa está cadastrada em um site de relacionamento, significa que também está em busca de alguém, o que provavelmente não aconteceria em uma boate, por isso, é uma barreira a menos para o outro derrubar, o que facilita as coisas.
   Quem é tímido ou tem dificuldade de se relacionar pessoalmente vê esses sites como uma oportunidade de conhecer alguém sem estar muito nervoso e ter a chance de conversar virtualmente, ficando assim, mais seguro em relação à pessoa, para depois partir para uma experiencial real. Cristiano admite que é muito tímido e nas festas nunca consegue falar com mulheres. “Quando eu saio na noite, nunca tenho coragem de chegar em nenhuma mulher, mas no site, com a proteção do computador e sabendo que se ela está lá é porque quer um relacionamento sério com alguém, eu me solto bem mais e converso com todas por quem me interesso.”
     As pessoas que se inscrevem em sites de namoro estão em busca de um relacionamento afetivo único e estável e, para isso, optaram por esse método, que teoricamente é seguro, prático e sigiloso. Esses sites ampliam as chances de encontrar a pessoa certa, evitando a perda de tempo e o desgaste de conhecer candidatos fora do seu perfil de interesse, já que existe um cruzamento de informações. De acordo com o site ParPerfeito, a internet é um dos melhores lugares para as pessoas se conhecerem, com 42% a mais de chances de você encontrar o seu par do que num bar ou numa festa. Por isso muitos acreditam que é possível encontrar alguém através deles.
    Mas se engana quem acha que por estar à procura de alguém na internet, a pessoa aceita qualquer tipo de parceiro. Ela busca na internet o que procura na vida real. A diferença é o processo e a facilidade que a rede trouxe para namoros e relacionamentos.       
   Inicialmente, esse relacionamento, pode até ser virtual, mas com o tempo pode se tornar completamente real, assim como Patrícia e Marcelo, que se encontraram no site e estão juntos há um ano, mostrando como a internet pode ser realmente um atalho para o amor.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Próximas aulas

Pessoal,
amanhã, sexta-feira, começa o processo de revisão dos textos.
Então levem as matérias impressas.

Já na terça, quem tiver a matéria diagramada, ou em processo de diagramação,
tem que levar um print do projeto para a Cecília.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Quer aprender a cozinhar? Pergunte ao OkCupid como!

Débora Ribeiro

Sabe aqueles finais de semana que você não tem nada para fazer? Então vale a pena dar uma olhada nas sugestões de receitas que a seção Humor do OkCupid oferece. Só cuidado para não se assustar com as gororobas!

Pasta Non Grata, Steak Handhande e Shorts Bread são alguns pratos exóticos que o site ensina a cozinhar. Veja só as fotos!

Pasta Non Grata: "non appétit"
Steak Handhande
Shorts Bread
(Para ver os ingredientes e modo de preparo basta procurar a seção Humor do Ok Cupid.)

Depois de ler e ver isso, fica fácil cair na risada, mas com certeza a fome vai passar longe!

Quer aprender a engordar? Pergunte ao OkCupid como!

Débora Ribeiro

Além dos testes super engraçados que o OkCupid oferece aos seus usuários, lá também está uma seção irreverente com as brincadeiras que os administradores faziam antes que o site fosse um sucesso. O nome Humor faz jus ao nome. Olha só por quê!
Já pensou em um programa especial para ganhar peso? Isso aconteceu de verdade com um casal de voluntários no “The Fat Project”. A equipe do OkCupid acompanhou os dois diariamente durante um mês incentivando o consumo de hambúrgueres, pizzas e várias outras guloseimas. Eles mediam as gordurinhas que iam ganhando para ver a evolução do programa.
Compras nada saudáveis
Um super sanduíche "engordight"
Um dos gráficos que acompanhavam o andamento do Projeto

Pode parecer inacreditável, mas é verdade! Os dois se propuseram a ganhar peso e ainda foram premiados por isso. Para quem quiser investir nesse empreendimento, basta seguir as dicas.

Quem sou eu?

Débora Ribeiro

Pesquisar sobre esses sites de relacionamentos pode gerar uma verdadeira crise de identidade. E isso aconteceu comigo! Sob a forma de um avatar, me infiltrei no OkCupid e eHarmony. Lá meu nome é Aline e tenho quatro anos a mais que na vida real, curso outra faculdade, mas gosto mais ou menos das mesmas coisas.

Eu de mentirinha!
Devido a essas semelhanças com minha personalidade, outro dia me questionei: já pensou se encontro alguém conhecido por aqui? E se a pessoa me vir, o que vai pensar, já que eu tenho namorado? Só depois de alguns instantes a ficha caiu: eu não sou eu! Ufa!

Confesso que foi um alívio, mas que susto levei comigo mesma! E olha que nem cheguei a me comunicar com nenhum dos inúmeros pretendentes que surgiram com os testes de compatibilidade. Aí você pode pensar que estou arrasando corações com tantos possíveis futuros namorados, mas é puro engano seu porque ela não sou eu...

O amor bate no seu e-mail

Débora Ribeiro

Os relacionamentos virtuais estão cheios de peculiaridades e isso não é novidade. Mas não é todo dia que um novo amor surge na caixa de entrada do seu e-mail, não é? Depende. Se você é um usuário do OkCupid ou do eHarmony isso muda de figura, todos os dias um "pretê" diferente bate no seu e-mail.

Minha caixa de entrada lotada de pretês

Como em qualquer site de relacionamentos, o e-mail fornecido no momento do cadastro serve como um meio de comunicação da administração do portal com seus clientes. Para além de e-mails informativos do tipo: fulano enviou uma mensagem para você ou ciclano quer conversar, os sites de compatibilidade enviam sugestões de pessoas que combinam com você.

Depois de elaborar um perfil minucioso, fazer testes e até um estudo de personalidade, os posíveis amores começam a brotar. Se você estiver no trabalho, esse mecanismo é ideal porque é uma forma discreta de receber informações do andamento de suas paqueras: "Conheça mais uma pessoa que combina com você no eHarmony" ou "Novas combinações!".


 
Essa é uma forma eficiente de informação, mas a caixa de entrada fica lotada de sugestões e novas opções. Para quem de fato procura um relacionamento sério é necessário fazer um processo seletivo ou algo parecido para identificar os aprovados depois dessa pré-seleção.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Projeto P@r Perfeito no Estadão

O Projeto ganhou uma reportagem no jornal Estado de São Paulo, na edição online e na impressa.
A professora Cristiane e quatro alunos foram entrevistados e estamparam a edição de dia dos namorados!

Vocês podem acessar parte da matéria pelo link:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110612/not_imp731300,0.php


terça-feira, 7 de junho de 2011

O que os olhos não veem o coração não sente?

Parece que sim. Se você está a procura de um parceiro ou parceira não basta exaltar sua beleza, sua inteligência, seu poder aquisitivo ou suas boas intenções: os usuários querem fotos.
Segundo o site de relacionamento eHarmony, a imagem é o primeiro passo para um encontro de sucesso.  Pessoas sem fotos têm uma chance reduzida de encontrar um companheiro. Os perfis com foto são em média 10 vezes mais vistos do que os que não tem, segundo dados do site de encontros Par Perfeito.
            As pesquisas feitas pelo eHarmony garantem que cada usuário precisa de cinco tipos de imagem: uma foto de rosto; uma de corpo inteiro; outra da cintura para cima; uma foto no seu lugar preferido e outra que mostre algo que realmente ama, como um esporte que pratique. Isso já seria o suficiente para mostrar aos pretendentes um pouco sobre você e sua personalidade. Quando perguntados pelo site sobre o porquê da rejeição aos perfis sem foto a resposta mais frequente dos usuários é que não postar fotos significa que a pessoa não tem real interesse em um relacionamento sério. Além disso, pode indicar que o pretendente tem algo a esconder, já que, com as inúmeras possibilidades de fotografia digital, principalmente os celulares com câmeras, não há mais desculpas para não ter fotos.
            O espaço reservado para as imagens varia de acordo com o tipo de relacionamento que o site propõe. Em geral, há uma fotografia para o perfil e algumas possibilidades de fotos extras. No site Par Perfeito o internauta pode publicar uma foto para o perfil e duas fotos complementares. Porém, há um padrão exigido pela página. A foto principal deve ser uma foto de rosto, bem visível. E as demais podem ser fotos de corpo todo e em grupo. Mas não são aceitas fotos distorcidas, borradas ou modificadas. Cada foto publicada leva até dois dias para ser aceita pelo site. Esse controle cria uma padronização das imagens, sem demonstrar muita personalidade ou criatividade de cada usuário. O mesmo acontece no site de encontros Amor em Cristo, destinado ao público evangélico. Não só as fotos como todos os perfis passam por uma aprovação. Fotos com  roupas consideradas inapropriadas são rejeitas pelo site.
            Já no Sexnation, site brasileiro para encontros adultos e swings, não há censuras. A grande parte dos perfis não revela o rosto dos usuários, exibe seios, bundas, órgãos sexuais e cenas de sexo. O próprio site disponibiliza uma ferramenta para recortar as fotos, incentivando os usuários a postar somente os detalhes. O mais interessante desse site destinado ao público adulto é que você pode navegar à vontade pelas centenas de fotos eróticas sem medo de ser visto por outra pessoa. Caso seu filho, seu chefe, sua mãe ou qualquer outra pessoa se aproxime, é só clicar no ícone “pânico” para ocultar a página, e o que antes era cena de sexo se transforma em uma inocente página fake do google. Passado o perigo, é só clicar em voltar e pronto, o mundo do sexo está de volta. O site ainda traz um box com as nove fotos mais comentadas da semana. Nas imagens em destaque nada de rosto bonito, lugar paradisíaco ou imagem romântica, aqui cada um exalta como pode a sua sexualidade. Mas há também um ícone chamado “Proteja as Crianças” onde os usuários são orientados, com base na legislação brasileira, a denunciar qualquer imagem de criança que possa ser postada no site evitando assim os crimes de pedofilia na internet.
            Com o crescimento das redes sociais muitos sites apostam em nichos específicos para conquistar o público, seja especializada em relacionamento na terceira idade, ou entre cristãos, evangélicos, homosexuais ou qualquer segmento. O Kaakau.com é especializado em encontros para os gordinhos, mas grande parte dos usuários não parece acima do peso nas fotos que publica. Isso porque muitas vezes as fotos não revelam exatamente o que as pessoas são. Luciana Fontenelle, 38 anos, adepta dos sites de paquera, conta que já foi surpreendida em encontros por conta de fotos que não eram verdadeiras. "A foto do cara era uma foto dele antes do acidente. Não disse nada, mas achei bem chato. Isso fez com que eu não quisesse sair com ele novamente", revela.
Mas há casos em que a aparência não está em primeiro lugar. Jamila Brito, 26 anos, conta que o irmão dela conheceu uma menina pela internet usando uma foto que não era verdadeira. Mas quando a pretendente descobriu a mentira, ao invés de ficar furiosa, ela disse a ele que não se importava com a aparência. O namoro deu certo assim mesmo e eles estão juntos há 8 anos.
E se é verdade que as imagens dizem mais que mil palavras, os usuários devem ter muita paciência para escolher uma foto que traduza tantas expectativas.

Michelle Batista

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Virtualidade real da nova geração


Por Juliana Moreira

O número de jovens brasileiros que já namoraram pela internet é maior do que se imagina. Uma geração que cresceu na era digital hoje usa essa ferramenta a seu favor em uma tentativa de criar outras vias para tratar de um assunto complexo que é relacionamentos amorosos. Uma pesquisa feita pelo Habbo Hotel, a maior comunidade virtual voltada para o público jovem do mundo, indicou que 88% dos adolescentes entre 12 e 17 anos já tiveram esse tipo de relacionamento, enquanto uma porcentagem menor, de 74%, namoraram “na vida real”.  

Não se deixe enganar pela virtualidade do processo. O romantismo ainda existe. A mesma pesquisa diz que 76% dos entrevistados acreditam que a era digital interferiu no romantismo de uma forma positiva, criando novas possibilidades. “É difícil ter certeza sobre quem está do outro lado”, diz Felipe da Silva, de 19 anos, usuário de sites de relacionamento há seis meses. “Quando me inscrevi no Par Perfeito, eu tinha dúvidas sobre no que isso podia dar. Fiquei um pouco apreensivo, mas logo fiz amizades, e quem sabe, no futuro elas possam acabar se transformando em algo mais”, explica.

A transição do campo físico para o on-line acarreta em uma série de novas mudanças no processo da conquista. A aparência física, por exemplo, que antes era tida como um dos fatores precurssores dos relacionamentos, hoje deu lugar a outros, como uma boa conversa. A beleza passa a ser um detalhe, e as pessoas se permitem ir além da superficialidade. “Eu acredito que as barreiras do mundo real não têm tanto espaço na internet. Na verdade, acaba sendo mais importante se a pessoa escreve certo do que se ela tem corpo escultural, entende? Acho que abre o leque para que outras coisas também sejam importantes”, explica Tiago Prux, de 24 anos. Ele nunca se inscreveu em sites específicos de namoro virtual, mas conheceu uma menina que se tornaria sua namorada no site de hospedagem de fotos “Fotolog”. “Ela era do Rio de Janeiro, eu de Porto Alegre. Apesar dela ser linda, não foram as fotos que mais me chamaram atenção, e sim um perfil em que ela se descrevia. Quando li, sabia que tinha que conhecê-la, mas não imaginava que resultaria em seis anos de história”, conta.

Porém, está enganado aquele que pensa que a internet é o “refúgio das pessoas feias”, e que sites de relacionamento são para os fracassados que não conseguiram uma namorada “na vida real”. Os jovens vêem na oportunidade de conhecer alguém através do computador algo bem prático e funcional. Nem todo mundo quer passar horas se arrumando para encontrar qualquer pretendente. “Já passei madrugadas inteiras conversando com alguns caras na internet. Eu estava de pijama, completamente descabelada e ainda assim conheci muita gente legal. Nunca poderia fazer isso fora do universo online”, conta Ísis Santos, estudante de 22 anos, que depois do término de um relacionamento de cinco anos resolveu se aventurar e conhecer alguém pela internet. Para ela, um encontro a dois é sempre legal, mas nesse caso antes é preciso saber se valeria a pena sair com aquela pessoa.

Os jovens conseguem usar a internet como um verdadeiro laboratório social, e isso acaba facilitando a tentativa de se expressar de uma forma mais livre e criativa. Ísis é defensora de que a identidade é revelada com mais facilidade no campo virtual. “Fico mais confortável em ser eu mesma on-line. Sinto menos cobranças. Pode não ser algo relacionado a minha personalidade, nem a da pessoa com quem estou conversando. Acredito que as condições em que o meio em si atua, as facilidades que a tecnologia dispõe, interfere de uma forma positiva nisso tudo.”