Pedro Couto
Ao escolher o tema “Casais casados” eu nem imaginava que teria tantas dificuldades. Primeiro porque todos já teriam encontrado sua alma gêmea e, provavelmente, estariam felizes com sua vida a dois e prontos para falar ao mundo como foi sua experiência de achar um novo amor pelos sites de paquera.

Bem, acabou que, por “motivo de força maior”, minha matéria foi saindo de mansinho do tema “Casais casados” e caminhou para as tecnologias de ponta que os sites de namoro utilizam para traçar casais perfeitos. Acho que a mudança foi um acerto. Não saberia insistir naquele assunto que, talvez, pudesse render muito pouco.
Meu olhar voltou-se diretamente para o potencial tecnológico dessas empresas, que faturam milhões de dólares no mercado de amor virtual. É impressionante quanta pesquisa e ciência existe nesses testes de compatibilidade e no cruzamento de dados. Há empresas que se utilizam dos estudos da química neural para criar moldes de personalidades e, a partir daí, sistematizar a procura de um pelo outro de forma totalmente científica.
Mas nada supera a pretensiosa tentativa de encontrar um companheiro perfeito pelo DNA. A GenePartner promove essa experiência inusitada. Para mim, isso é assustador, ao mesmo tempo em que é fascinante, porque apesar da postura quase ditatorial da genética, é incrível ver como a tecnologia avançou e como podemos viver através de um modo que nunca imaginamos.
Agora, quanto ao amor, eu não posso marcar um posicionamento radical, dizendo que tais tecnologias são a “salvação da lavoura” dos encalhados e afins. É preciso ter cautela para analisar os prós e os contras dessa novíssima empreitada. É legal que exista uma outra opção de paquera, mas essa não pode e nem deve ser a única. Saber diversificar talvez seja a melhor fórmula para encontrar seu par perfeito.
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